Padrão FIFA de acessibilidade
A Copa do Mundo é um dos maiores eventos de união entre países e é nesse espírito que todos estão de olho nos próximos acontecimentos. Mais de 50 anos depois, a Copa do Mundo retorna ao Brasil como sede, e o que temos de grande diferença? Um cenário muito mais evoluído para a acessibilidade.
Foi uma oportunidade para as cidades sede terem diversos investimentos para aprimorar essa condição. Equipamentos do porte dos estádios não apresentavam acessibilidade nenhuma. Era (é) comum justificarem pela garantia da segurança. Balela que hoje não cola mais.
O tema “legado” tem dado muito o que falar, mas de forma prática conquistamos estádios, aeroportos, entornos imediatos, hoteis e restaurantes um pouco mais acessíveis. Se entendeu um pouco mais sobre piso tátil, braile e recursos como audiodescrição e interprete de Libras.
É suficiente e as pessoas com deficiência devem se contentar? Claro que não. Mas devemos avaliar qual a evolução, porque ainda não chegamos ao ponto desejado e como chegar a ele.
Sempre acreditei que a melhor maneira de evoluir a acessibilidade é saindo às ruas e se fazendo presente no dia a dia. Nada mais simples, mas mais difícil ao mesmo tempo. É uma operação de guerra para a pessoa com deficiência sair de casa e fazer as atividades mais comuns, como estudar, trabalhar e se divertir.
Agora, o último item ficou um pouco mais acessível.
Torcer pelo time, estar presente em seus jogos é motivo de orgulho. No momento é a seleção brasileira. Em breve esses estádios serão ocupados pelos clubes brasileiros e a torcida organizada estará lá em peso, incluindo os torcedores com deficiência e suas famílias e amigos. E logo mais serão ocupados pelos grandes shows e eventos.
E quando o mundial acabar, sugiro mantermos ativas nossas exigências. Não “padrão FIFA”, mas padrão NBR, pois ainda tem muito a ser trabalhado para alcançá-lo.