Mosaico português: história x segurança e acessibilidade
Saiu no dia 02/07/10 uma matéria no Estadão falando do mosaico português no centro, que constantemente esburacado é alvo de tropeços e quedas. Segundo a Aliança pelo Centro Histórico foram registrados 735 buracos (!) em 4,7 quilômetros de calçadão na região central.
E quem anda por lá, de fato, vê todos os dias equipes recompondo trechos do calçadão. O maior vilão do piso são os veÃculos que trafegam por ali (carros-forte, carros de polÃcia, etc.). E consequentemente o mosaico português vira o vilão da acessibilidade.
A acessibilidade não é o tema da reportagem, mas é da vida de todos. Pois acidentes acontecem com todos ali.
Especialistas são a favor de trocar o piso e sugerem que se siga o modelo da Av. Paulista. Mas a população tem afeto pelo mosaico português e em pesquisa a maioria aponta que preferem manter o piso atual.
O mesmo aconteceu com a Av. Paulista. Muitos eram contra a troca, clamavam pela a importância histórica, etc. Mas poucos são o que hoje continuam a manter essa opinião, após percorrer a calçada em concreto pré-moldado da avenida com grande conforto.
É válido lembrar que o piso em si pode apresentar bons resultados se aplicado de maneira criteriosa e com controle de circulação. No Conjunto Nacional de São Paulo, na mesma Av. Paulista, o piso interno é em mosaico português. Observem que o mosaico usado tem tamanho menor que o que se usa normalmente em calçadas. Não há trafego de veÃculos. E provavelmente houve alguma espécie de nivelamento mecânico para torná-lo mais plano, já que as peças não apresentam desnÃveis, naturais de uma pedra rústica.
Esse controle e aplicação acaba não sendo viável para uma calçada comum; além de em São Paulo não ser permitido para revestir calçadas, exceto em casos especiais. Em frente ao Conjunto Nacional foi mantido o mosaico português, mesmo tendo ele sido trocado pelo concreto em toda avenida, como memória da calçada que existia, continuidade do piso do belÃssimo edifÃcio que é o Conjunto Nacional e com o comprometimento deles manterem a qualidade do piso.
É interessante levantar esta questão.
Em Salvador-Ba houve uma grande campanha dos simpatizantes do Mosaico Português para mantê-lo no calçadão do Porto da Barra, apesar do piso estar totalmente deteriorado e dificultar a movimentação de pedestres e de dificultar muito o acesso por pessoas em cadeiras de rodas.
Na época eu acreditava que seria um “pecado” retirar o piso de mosaico português do calçadão, hj em dia acho que foi o melhor que aconteceu!
Bela postagem,
abraço,
maneco
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Nivaldo Mortais (Mogi Guaçu-SP)