Jangada acessível em Maceió

Olha que idéia incrível: uma jangada acessível!

O projeto do arquiteto e urbanista ergonomista Jorge Luiz Silva vai facilitar o acesso das pessoas com deficiência ao passeio às piscinas naturais da Pajuçara, garantindo segurança e conforto. A execução fica por conta do pescador e jangadeiro Sidney Cícero da Silva, 40 anos, usuário de cadeira de rodas. Ele é testemunha das dificuldades de acesso dos deficientes físicos às piscinas naturais. Para subir na jangada, ele precisou do apoio de três homens e foi amarrado no banco para fazer o passeio mais seguro em uma jangada comum.

Para completar o projeto “Jangada Acessível” o artesão Viçosa Durval desenvolveu uma esteira de bambu que, sob a areia da praia, facilita o acesso do cadeirante à jangada. A esteira tem cinco metros de comprimento e 1,6m de largura, permitindo ao cadeirante fazer o giro completo.

A jangada tem 1,90m de comprimento e 2,50m de largura e pode comportar até duas pessoas em cadeira de rodas e mais um acompanhante. Na construção da jangada, foram utilizadas as madeiras de pequi, jaqueira, maçaranduba e igapó. A jangada é mais larga do que as tradicionais e, segundo Sidney, quanto mais extensa melhor a estabilidade e a segurança da embarcação.

Ela foi custeada pela Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), que  já abriu uma conta bancária, em nome do projeto “Jangada Acessível”, para receber os recursos de empresas ou pessoas físicas interessadas em apoiar a construção de mais três jangadas. O custo de cada uma gira em torno de R$ 7 mil. A Jangada Acessível conta também com o apoio logístico da Secretaria Municipal de Promoção de Turismo (Semptur), da Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) e da Adefal. E a Braskem foi o primeiro parceiro privado a patrocinar a produção da jangada.

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